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domingo, 6 de maio de 2012

Ajudas técnicas para a comunicação: Métodos de Acesso

Tipos de sistemas

- Podem ser meios de comunicação temporários, para servir indivíduos que passaram por situações traumáticas ou cirurgias que os impedem de usar a falar de forma temporária;
– Podem ser meios de comunicação que facilitam e fomentam a faculdade de fala e suporte do desenvolvimento das competências cognitivas;
– Podem ser sistemas alternativos que permitem aos indivíduos despoletar a comunicação oral, até um ponto em que deixam de ser necessários. (cf. Ponte & Azevedo,1999).



Os SAAC são por norma divididos em duas categorias, a saber: sistema que não necessita de ajuda externa, isto é, o sujeito utiliza o corpo como veículo de transmissão da mensagem: “ compreende todas as formas de comunicação nas quais quem comunica tem que criar as suas próprias expressões de linguagem” (Von Tetzchner & Martinsen, 2000:22). Essa linguagem é transmitida através de sinais, do piscar de olhos, da escrita, dos gestos naturais, idiossincráticos e gestuais.

Segundo Brasil (1985) citado por Cruz, (2009:3), há diferentes categorias de sistemas de comunicação sem ajuda, a saber:
  • gestos, que constituem formas naturais de comunicar como o “adeus” ou dizer que “sim” com a cabeça; 
  • códigos gestuais de foro não linguístico, que se trata de sistemas gestuais elementares iconográficos ou representativos da realidade, sendo um exemplo claro deste tipo de sistemas o sistema Amer-Ind; 
  • sistemas gestuais para surdos, como a Língua Gestual Portuguesa; 
  • sistemas gestuais pedagógicos, que podem ser sistemas de comunicação bimodal, em que se utiliza de forma simultânea a fala e símbolos gestuais”. De salientar que no SAAC sem ajuda os signos são produzidos ou criados.

Em relação aos sistemas que necessitam de ajuda, verifica-se que estes recorrem a tecnologias de apoio e ajudas técnicas independentes e exteriores ao indivíduo sendo os signos selecionados. 

Constata-se também que há distintas categorias para a comunicação com ajuda, podendo enumerar os seguintes: 
  • “sistemas de comunicação por imagens, em que se usam fotografias ou desenhos num crescendo de dificuldade; 
  • sistemas de comunicação por objectos, que são geralmente utilizados por pessoas com incapacidade cognitiva; 
  • sistemas de comunicação através de símbolos gráficos, que se baseiam em desenhos com um certo grau de estruturação, acompanhados por texto escrito (como por exemplo, o sistema SPC); 
  • sistemas combinados, agregadores de símbolos gráficos e manuais, como por exemplo o sistema Makaton, que é utilizado por pessoas com problemas cognitivos e que permite a utilização dos canais de comunicação auditivo, visual e táctil; 
  • sistemas com base na escrita, que utilizam símbolos do alfabeto para formar frases ou texto com determinada intenção comunicativa, embora seja muito lento para quem tem limitações motoras e sistemas de comunicação por linguagem codificada, sendo os exemplos mais claros o Braille e o Morse” (ibidem).


Bibliografia:

  1. CRUZ, M (2009). Paralisia cerebral e dificuldades de comunicação: uma proposta de atividade com recurso a tecnologias de apoio. Saber & Educar [Em linha].N.º14 . Disponível em Repositório ESEPF
  2. VON TETZCHNER, S & MARTINSEN, H (2000). Introdução à comunicação Aumentativa e Alternativa. Porto: Porto Editora

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