Tipos de sistemas
-
Podem ser meios de comunicação temporários, para servir indivíduos que passaram
por situações traumáticas ou cirurgias que os impedem de usar a falar de forma
temporária;
–
Podem ser meios de comunicação que facilitam e fomentam a faculdade de fala e
suporte do desenvolvimento das competências cognitivas;
–
Podem ser sistemas alternativos que permitem aos indivíduos despoletar a
comunicação oral, até um ponto em que deixam de ser necessários. (cf. Ponte
& Azevedo,1999).
Os SAAC são por norma divididos em duas categorias, a saber: sistema que
não necessita de ajuda externa, isto é, o sujeito utiliza o corpo como veículo
de transmissão da mensagem: “ compreende
todas as formas de comunicação nas quais quem comunica tem que criar as suas
próprias expressões de linguagem” (Von Tetzchner & Martinsen, 2000:22).
Essa linguagem é transmitida através de sinais, do piscar de olhos, da escrita,
dos gestos naturais, idiossincráticos e gestuais.
Segundo Brasil (1985) citado por Cruz, (2009:3), há diferentes categorias
de sistemas de comunicação sem ajuda, a saber:
- gestos, que constituem formas naturais de comunicar como o “adeus” ou dizer que “sim” com a cabeça;
- códigos gestuais de foro não linguístico, que se trata de sistemas gestuais elementares iconográficos ou representativos da realidade, sendo um exemplo claro deste tipo de sistemas o sistema Amer-Ind;
- sistemas gestuais para surdos, como a Língua Gestual Portuguesa;
- sistemas gestuais pedagógicos, que podem ser sistemas de comunicação bimodal, em que se utiliza de forma simultânea a fala e símbolos gestuais”. De salientar que no SAAC sem ajuda os signos são produzidos ou criados.
Em relação aos sistemas que necessitam de ajuda, verifica-se que estes
recorrem a tecnologias de apoio e ajudas técnicas independentes e exteriores ao
indivíduo sendo os signos selecionados.
Constata-se também que há distintas
categorias para a comunicação com ajuda, podendo enumerar os seguintes:
- “sistemas de comunicação por imagens, em que se usam fotografias ou desenhos num crescendo de dificuldade;
- sistemas de comunicação por objectos, que são geralmente utilizados por pessoas com incapacidade cognitiva;
- sistemas de comunicação através de símbolos gráficos, que se baseiam em desenhos com um certo grau de estruturação, acompanhados por texto escrito (como por exemplo, o sistema SPC);
- sistemas combinados, agregadores de símbolos gráficos e manuais, como por exemplo o sistema Makaton, que é utilizado por pessoas com problemas cognitivos e que permite a utilização dos canais de comunicação auditivo, visual e táctil;
- sistemas com base na escrita, que utilizam símbolos do alfabeto para formar frases ou texto com determinada intenção comunicativa, embora seja muito lento para quem tem limitações motoras e sistemas de comunicação por linguagem codificada, sendo os exemplos mais claros o Braille e o Morse” (ibidem).
Bibliografia:
- CRUZ, M (2009). Paralisia cerebral e dificuldades de comunicação: uma proposta de atividade com recurso a tecnologias de apoio. Saber & Educar [Em linha].N.º14 . Disponível em Repositório ESEPF
- VON TETZCHNER, S & MARTINSEN, H (2000). Introdução à comunicação Aumentativa e Alternativa. Porto: Porto Editora
Nenhum comentário:
Postar um comentário